Jornada

quarta-feira, 6 de julho de 2011.

… Afastaei-me de tudo o que já fui um dia.

A Terra à minha frente é dourada, segura e tranquila. O céu azul é infinito. Eu já sem medo passo a perseguir o sol dourado na escuridão da noite.

Eu não saía, tinha medo de estar sozinha no frio da solidão, o que por consequência me dava tempo demais. Até sentir a frieza cruel de sua arrogância e terrorismo sobre mim.

Eu ainda sonho. Sonho com o que nunca fui, o que  nenhum homem jamais foi . E viajo só, possuída pela fantasia de um homem que nunca existiu, e nunca existirá – pura ilusão que não sai de minha cabeça.

Não consigo tirar da cabeça, nem do meu coração, a esperança de um dia encontrar o homem ideal. Então perco-me nessa caminhada pela terra dourada, pelo verdejante gramado, fitando o céu azul.

Caminhar pela terra é a única jornada que desejo, porque, de fato, não existe nenhum homem ideal.

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